Bertha Maria Julia Lutz nasceu em 2 de Agosto de 1894, em São Paulo, e faleceu em 16 de Setembro de 1976, no Rio de Janeiro. Filha de Adolpho Lutz e de Amy Fowler Lutz.

1894 – Data de nascimento dia 2 de Agosto. Seus pais são Adolpho Lutz e Amy Fowler.
Avós maternos: Francisco Fowler e Carlota Fowler
Avós paternos: Gustavo Lutz e Mathilde Lutz
Irmão: Gualter Adolpho Lutz
1915 – Ingressa na Faculdade de Ciências da Universidade de Paris (Sourbone).
1918 – Diploma em Ciências na Sourbone.
Retorna ao Brasil
Contratada como tradutora do Instituto Oswaldo Cruz.
Trabalha como auxiliar do Dr. Adolpho Lutz.
Cria a liga para Emancipação Intelectual da Mulher.
Participa de uma revista, na seção de cartas de mulher,com o pseudônimo Iracema.
Participa do Rio Jornal.
1919 – Ocupa o cargo de secretário do Museu Nacional. Passa no concurso em 1º lugar, sendo a segunda mulher a ocupar um cargo público.
1920 – “Índice dos Arquivos do Museu Nacional, I-XXII, 1876-1919.”
1921 – Participa da Confederação do Trabalho em Washington.
1922 – Participa da 1º Conferência Interamericana de Mulheres (Baltimore).
Cria a associação Pan-americana de Mulheres.
9 de Agosto: Cria a Federação pelo Progresso Feminino.
Organiza o 1º Congresso Internacional Feminino.
Cria a Aliança Brasileira pelo Sufrágio Feminino.
Participa do Congresso Brasileiro de Ensino Secundarista e Superior, onde consegue a admissão de meninas no externato do Colégio Pedro II.
1923 – Manifesta-se junto ao Senado Federal com a obra: “A nacionalidade de uma mulher casada”.
Condecorada pelo Rei Alberto I da Bélgica por serviços à agricultura.
Participou da Conferência Internacional da Mulher, realizada em Roma.
1929 – Cria a União Universitária Feminina (atual Associação Brasileira de Mulheres Universitárias).
Funda: The Women’s Club of Rio de Janeiro.
Participa da Conferência Internacional da Mulher, em Berlim.
1931 – Organiza o 2º Congresso Internacional Feminino.
1932 – Criou a Liga Eleitoral Independente.
Recebe a Ordem da Cruz Vermelha, outorgada pelo Presidente da Alemanha Hindenburg.
1933 – Representa o Brasil na VII Conferência Pan-americana da mulher, realizada em Montevidéu.
“A nacionalidade da mulher casada”
1934 – Foi nomeada para fazer parte da comissão que elaborou o anteprojeto da constituição de 1934, apresentou seu projeto “13 princípios básicos”.
1936 – Ingressa na Câmera da República Federal pelo falecimento do Deputado Candido; propõe a criação do Departamento de Trabalho Feminino, maternidade, infância e lar; cria o Estatuto da Mulher.
1938 – Ocupa o cargo de naturalista do Museu Nacional, especializada em anfíbios anuros, além de zoóloga do Museu Nacional até 1964.
Representa o Museu Nacional no Conselho Florestal Federal e no Conselho de Expedições científicas no Brasil.
1946 – Foi eleita “Mulher das Américas”.
1956 – Condecoração: King’s Medal por serviços à causa da liberdade, pelo Rei Jorge VI, da Inglaterra.
1959 – Bolsista (Chefe de pesquisa) do Conselho Nacional de Pesquisas, até 1972.
1965 – Diploma de professora Emérita da Universidade do Brasil conferido em 16 de Julho de 1965.
1966 – Honra ao Mérito da Federação Brasileira para o Progresso Feminino.
1969 – Membro da Academia Internacional de Zoologia de Londres e no Natur-Museum Senckenberg de Frankfurt na Alemanha.
1972 – Organiza seminários sobre mulheres indígenas e rurais.
Medalha da Primavera, como cientista.
1973 – Recebe a Ordem do Mérito pelo Ministério da Educação.
“Brazilian species of hyla”
1974 – Organiza seminaries sobre mulheres indígenas e rurais, em Dourados Mato Grosso do Sul.
Organiza em San Cristoban de Las Casas, México, o seminário sobre o problema da mulher indígena.
1975 – Medalha do Ano Internacional da Mulher (México).
Agraciada pelo Governo brasileiro aos inestimáveis serviços prestados ao País.
1976 – Falecimento dia 15 de Setembro.
Obs.: Títulos de publicações entre aspas.

O Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi instituído por iniciativa do reitor Aloísio Teixeira em 12 de agosto de 2004. O Colégio é um centro de referência acadêmica que objetiva o encontro de pesquisas e pesquisadores de ponta dos diversos campos do conhecimento. A formação do CBAE assemelha-se aos diversos institutos de estudos avançados na experiência internacional e nacional.

A comissão de Censura Cinematográfica foi criada no âmbito do Ministério da Educação e Saúde Pública pelo decreto 21.240, de 4/4/1932. Tal ato instituía também a taxa cinematográfica para educação pública, que sustentou os serviços da comissão e a criação da Revista Nacional de Educação, e previa em seu artigo 15 a realização do convênio Cinematográfico Educativo, que terminou por ocorrer no Distrito Federal de 3 a 5 de janeiro de 1933. A comissão tinha como incumbência o exame de todos os filmes propostos para exibição ao público em qualquer ponto do território nacional, cabendo-lhe declarar se o filme poderia ser exibido integralmente, se deveriam ser feitos cortes, se era educativo, impróprio para algum segmento social ou, até mesmo, inteiramente interditada a sua exibição.
A Comissão recebeu instruções para seu funcionamento em 22/4/1932. Sua presidência cabia ao diretor do Museu Nacional (Roquette Pinto até maio de 1935, quando é substituído por Alberto Betim Paes Leme) e, nos seus impedimentos, substituído pelo vice-diretor do Museu Nacional, J. César Diogo, havia um secretário arquivista (Roberto das Trinas Silveira) e membros que representavam diversas instituições e autoridades: Jônatas Serrano (23/4/1932 - ?) e João Rangel Coelho (29/9/1934 - ?), representando o ministro da Educação e Saúde Pública, Carlos Magalhães Lébeis (23/4/1932 - ?) e Plácido Modesto de Melo (29/5/1935 - ?), representando o juiz de Menores do Distrito Federal, Sílvio Júlio de Albuquerque Lima (25/4/1932 – 19/1/1934), Eduardo Pacheco de Andrade (19/1/1934 - ?) e José Pinto de Montojas (27/6/1935 - ?), representando o chefe de Polícia do Distrito Federal, Armanda Álvaro Alberto (28/4/1932 – 2/9/1934), representando a Associação Brasileira de Educação, Ademar Leite Ribeiro (29/4/1932 - ?), representando a Associação Brasileira Cinematográfica, Antônio Camilo de Oliveira ([14/9/1933 ?] - ?) e Gastão Paranhos do Rio Branco ([28/5/1934 ?] - ?), representando o Ministério das Relações Exteriores, Benedito Lopes (29/10/1932 - ?), Clóvis Martins (29/10/1932 - ?), Eduardo Pacheco de Andrade (22/8/1935 - ?) e Gastão Soares de Moura Filho (22/8/1935 - ?) suplentes. A Comissão recorreu algumas vezes ao convite a membros de legações estrangeiras para discussão de cenas e legendas.
Os membros da comissão recebiam gratificações por seus trabalhos, e como não dispunha de quadro próprio de funcionários, a Comissão recorria, para várias atividades, ao concurso de funcionários de funcionários do próprio Museu Nacional, jus a gratificações, pagas com a renda da taxa cinematográfica para educação popular.