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Adalberto Cardoso

O sociólogo Adalberto Cardoso abordou os seguintes tópicos:

  • a ética da desvalorização do trabalho somada ao racismo de classe com a escravidão;
  • as relações entre, por um lado, a migração rural-urbano e, por outro, a proteção trabalhista, a ética do trabalho e o fracasso da implantação da reforma agrária e do “homem integral” a partir do Estado Novo;
  • a transferência do modo de gestão da força de trabalho escrava do meio rural para o meio urbano no século XX, a repressão por meio de milícias públicas e privadas e o medo da revolta escrava (inimigo interno);
  • a transposição intergeracional de padrões de relações entre classes;
  • o controle privado, e não estatal, das trajetórias sociais no Brasil.

Maria Emília Pacheco

Maria Emília Pacheco iniciou com uma breve apresentação do histórico do conselho, sua atual configuração e as principais atividades desenvolvidas. Destacou a progressiva ampliação de formas e espaços de atuação para além do monitoramento de políticas públicas e de formulação de propostas: denúncias e debate de controvérsias relativas ao uso de agrotóxicos, transgenia, direito à terra e territórios. Também considerou que um dos principais desafios atuais diz respeito processo de criminalização do alimento artesanal por parte dos órgãos de controle sanitário.

Leonilde de Medeiros

Leonilde de Medeiros apresenta que os dados obtidos indicam três grandes áreas de conflito: região canavieira, região metropolitana e litoral Sul. O conjunto dos casos reunidos mostra que os principais antagonistas do campesinato fluminense eram o latifúndio, capital imobiliário, empreendimentos turísticos (Litoral Sul), grandes fábricas (América Fabril no Rio de Janeiro e a Fábrica Nacional de Motores em Duque de Caxias).

Debate

O debate incluiu intervenções de Moacir Palmeira, Beatriz Heredia e José Sergio Leite Lopes.

Paulo Fontes

Paulo Fontes lembra que a migração do campo para a cidade no Brasil entre 1940 e 1980 foi a mais expressiva do mundo e ressalta a relevância do tema, que articula estudos rurais e urbanos, cultura operária e camponesa. Defende que se deve desnaturalizar a categoria “Nordeste”, inventada no Sudeste segundo cortes de classe social e raça e o dualismo modernização/proletarização. Aponta mudanças ocorridas desde 1970 e 1980: valorização do trabalhador e a contestação do papel da indústria automobilística na sociedade por setores populares e ambientalistas.

Filme "O Espírito de 45" de Ken Loach

Ocorrida no CBAE/UFRJ, a exibição do filme “O Espírito de 45” do diretor britânico Ken Loach. Após a exibição, seguiram se comentários de José Ricardo Ramalho (IFCS/UFRJ) e debate. No filme, Loach baseou-se em arquivos e testemunhos de trabalhadores, intelectuais e políticos do partido trabalhista para retratar o espírito de mudanças vivenciado no período pós-Segunda Guerra na Inglaterra, da vitória do Partido Trabalhista contra Winston Churchill, à vitória de Margaret Thatcher em 1979 e a consequente derrocada do Estado de Bem-Estar Social.

Debate

No debate foram traçadas comparações entre a construção do Estado de Bem-Estar Social na Inglaterra e em países da América Latina, em especial no Brasil. Enquanto na Inglaterra a social-democracia construiu avanços estruturais e a imagem de “primeiro mundo” desde o pós-guerra, além de ter uma tradição forte da classe operária, nos países latino-americanos a repressão predominou com os regimes militares, impondo obstáculos à democracia e à percepção popular dos direitos sociais (como o sistema público de saúde). Foi apontada ainda a eficiência da propaganda estatal na disputa de hegemonia, o que no Brasil foi dificultado pela dominação de meios de comunicação privados. Assinalou-se a importância de se indagar o que permitiu a produção do apagamento e da despolitização dos avanços sociais conquistados e a vitória de Thatcher em 1979. Fazendo um paralelo com a situação recente do Brasil, se pode perguntar como o conservadorismo liberal conseguiu capturar os imaginários, anseios e desejos transversais da sociedade? Ao lado disso, foi destacado que “O Espírito de 45” mostra um processo histórico de longa duração, o que permite ao espectador observar as contradições e a reversibilidade históricas, provocando ainda a esperança com o ciclo presente na repetição da imagem das pessoas dançando em 1945 no final. Assim, o processo descrito não tem início nem fim, mas construiu determinadas práticas de mudança social que podem se repetir em outros momentos a partir das pessoas mais simples, cuja memória Ken Loach busca resgatar enquanto contrainformação e ação política.

Rubén Vega

Em sua apresentação, Vega abordou diferenças e aproximações entre essas atividades laborais e a seguir comentou alguns trechos de depoimentos dos trabalhadores.

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