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Política e experiências religiosas 02

Mesa “Política e experiências religiosas”.
Palestrantes: Rafael Botelho (Historiador/UFRJ), Rafael Oliveira (Koinonia), Clemir Fernandes (ISER).
Tópicos abordados:

  • Compreensão do cristianismo pela tradição marxista (comunismo como união de bens);
  • Modernidade, tradição e a secularização;
  • Constituições brasileiras e debates sobre a menção ou não a Deus;
  • Relação entre religião, sociedade e Estado/política, problemas para a laicidade e a cidadania;
  • Candomblé desde o século XX: negociação. Resistência e sobrevivência;
  • Os grandes grupos religiosos presentes no sistema prisional do Rio de Janeiro (católicos, evangélicos e matriz africana), disputas por espaço;
  • Conflitos entre presidiários devido a diferentes crenças, tentativa de criar cooperação por meio de capacitação.

Política e experiências religiosas 01

Mesa “Política e experiências religiosas”.
Palestrantes: Alberto da Silva Moreira (PUC/GO), Joanildo Burity (FUNDAJ/PE) e Cecília Mariz (PPCIS/UERJ).
Tópicos abordados:
-Categorias e conceitos para pensar continuidades e descontinuidades entre religiões e movimentos sociais;

  • Igreja e movimentos sociais como comunidades morais, afetivas, que podem se influenciar mutuamente; processo politizador e pedagógico, mudanças nas visões de mundo;
  • Capacidade das igrejas de mobilização e de legitimação de ações coletivas;
  • Movimentos sociais e povo: locais de agência democratizante; articulação com outros agentes; construção de um inimigo comum; condições e dificuldades para a sua longevidade; sua classificação (unidade pública, mas formados por grupos e demandas heterogêneos); caráter difuso (cotidiano);
  • Relação entre religião, democracia e Estado (âmbito privado e público), entre o atendimento ou não de demandas e mobilização;
  • Reconfigurações do Estado democrático, regressões autoritárias;
  • Dimensão ética: tensões entre religião e política;
  • Relação de igrejas (católicas e pentecostais) com partidos (PT), o papel do ascetismo na adesão política.

Programação do congresso

Programa do congresso “História, experiência religiosa e democracia”. Contém:

  • Apresentação;
  • Organizadores;
  • Objetivos;
  • Informações sobre inscrições;
  • Programação do evento (mesas, sessões de filmes e rodas de debates).

Cartaz do congresso

Cartaz do congresso “História, experiência religiosa e democracia”. Contém imagens.

Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE)

Religiões, movimentos sociais e suas relações com o Estado

Entre os dias 15 e 19 de setembro de 2014, o Instituto de História (UFRJ) promoveu, em parceria com o CBAE e outras organizações, o Congresso “História, experiência religiosa e democracia”.
Seu objetivo foi reunir a sociedade civil (especialmente os campos religiosos) e o público acadêmico para debater um conjunto de eixos temáticos atuais na sociedade brasileira: mídia e liberdade religiosa; política e experiências religiosas; liberdade religiosa e liberdade de expressão; fundamentalismo e democracia; escola pública e ensino religioso confessional; racismo e religião; violência de gênero e religião; direitos sexuais e diversidade sexual e religião.

Em parceria com o CBAE, foram organizadas três mesas sobre o tema “Política e experiências religiosas” e a roda de debate “Religiões e ditadura: perspectivas e leituras”, as quais discutem a relação, eivada de símbolos e disputas, entre religiões, movimentos sociais e Estado.

Movimentos Sindicais Urbanos e Debate

A apresentação de José Ricardo Ramalho (IFCS/UFRJ), Jardel Leal (DIEESE), Marina Cordeiro e Eduardo Ângelo da Silva aborda os últimos 40 anos e a conjuntura atual. Os principais pontos abordados são:

  • retrospecto do movimento sindical no Brasil;

  • resistência no “chão de fábrica” à ditadura: emergência do “novo sindicalismo”;

  • surgimento do PT e da CUT no início dos anos 1980 como marcos do movimento sindical;

  • conjunto de leis e proteção presentes na Constituição Federal de 1988 sendo atacada pelos setores empresariais nos anos 1990;

  • as questões de gênero e de geração no movimento sindical;

  • recente aumento do número de sindicatos (2007-2013);

  • metodologia de pesquisa;

  • relação entre lideranças sindicais e suas bases;

  • a questão da terceirização e do sindicalismo;

  • tendência à busca de qualificação acadêmica para dar conta do ativismo sindical.

Movimentos de Mulheres e Debate

Na aula "movimentos de mulheres" as pesquisadoras Adriana Vianna (PPGAS/ Museu Nacional/UFRJ), Anelise Gutterres e
Silvia Aguião apresentam os resultados da pesquisa sobre movimentos de mulheres e feminista e movimento LGBT realizada nos marcos do projeto Movimentos Sociais e Esfera Pública.Os temas abordados pelas autoras e no debate com a audiência são:

  • a conjuntura política da pesquisa, especialmente os acontecimentos que relacionados às “Jornadas de Junho”;

  • criação do Conselho Nacional da Mulher em 1985 como marco;

  • metodologia de pesquisa;

  • distinções entre os movimentos de mulheres e feminista e o movimento LGBT;

  • tendência do Estado em implementar políticas de mulheres, centradas na questão da violência, e não propriamente políticas de gênero;

  • tensões presentes na discussão de questões mais libertárias que operam com categorias de “gênero”;

  • balanço do movimento LGBT nos últimos anos, principalmente no Rio de Janeiro;

  • partidos, ONG's, participação e redes;

  • tensões internas ou “situações emaranhadas” envolvendo gênero, raça, classe, periferia criadas por políticas baseadas em identidades.

  • mudanças no movimento feminista desde sua origem;

  • relação entre Estado e sociedade/balanço da política de participação e a situação atual das esquerdas no Brasil.

Debate Movimentos Sociais Rurais

O debate da aula "Movimentos sociais rurais" se centrou nos seguintes temas:

  • a dificuldade de demarcar fronteira entre movimentos sociais e Estado e as mudanças nessa relação;
  • os riscos (criminalização, burocratização) e exigências da participação (profissionalização)
  • limites entre a autonomia dos movimentos e o financiamento pelo Estado;
  • a questão da representação e as tensões acerca da legitimidade dos movimentos;
  • a correlação de forças dentro dos conselhos, tendências de concentração de capital cultural e a demanda de sua distribuição;
  • mudanças na classificação oficial e no reconhecimento de movimentos sociais;
  • avaliações positivas (circulação de informações, articulação) e negativas (pouca eficácia) sobre os conselhos pelos movimentos;
  • as transformações nas bandeiras dos movimentos sociais rurais (reforma agrária, agroecologia);
  • a pauta da reforma fundiária como sendo comum aos meios rural e urbano.

Moacir Palmeira e Luciana Almeida

Na aula “Movimentos sociais rurais”, realizada no Museu Nacional/UFRJ, Luciana Almeida e Moacir Palmeira (PPGAS/UFRJ) apresentam os resultados da pesquisa realizada nos marcos do projeto MSEP. Luciana Almeida apresenta a metodologia da pesquisa. Através dos conselhos nacionais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF) e de Segurança Alimentar (CONSEA), a equipe teve acesso a pessoas engajadas nos movimentos sociais: MST (Movimento dos Sem Terra), MMC (Movimento das Mulheres Camponesas), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura), FETRAF (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar). Além disso, foi realizado trabalho de campo nos escritórios desses movimentos em Brasília e em eventos como o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) na Bahia. Ao comparar o CONDRAF e o CONSEA, Luciana Almeida assinala que diferiam em sua composição, estrutura, dinâmicas, pautas, calendário de ações e conferências. A pesquisadora sublinha a grande diversidade de movimentos e organizações nos conselhos –entre elas, ONGs como a Cáritas, as articulações nacionais do Semi-Árido (ASA) e de Agroecologia (ANA), movimentos de comunidades tradicionais e indígenas –, que não se restringem ao que é considerado “movimento rural", que se aproximam na luta contra o agronegócio, grandes empreendimentos e mineradoras, mas têm uma multiplicidade de demandas discutidas em variados conselhos e órgãos governamentais. Além disso, a pesquisadora acentua a porosidade da fronteira entre Estado e sociedade, assim como a complementariedade entre participação social institucional e ações coletivas. Argumenta que a dinâmica do “mundo da participação”, adensada em Brasília, extrapola elementos formais, imprimindo novas modalidades de conexão entre as pautas dos movimentos, a formulação, execução e monitoramento de políticas públicas e seus efeitos locais ou regionais. A entrada nesses espaços institucionais gera particularidades nas relações entre os movimentos e nas estratégias de visibilização e reconhecimento, bem como tensões internas acerca dos seus riscos (reputação das lideranças) e dificuldades (necessidade de recursos, conhecimentos, prestação de contas). Moacir Palmeira aponta que a pesquisa mostrou as assimetrias e diferenças dos conselhos. Para os movimentos sociais, os conselhos significam a possibilidade de visitar ministros, assessores, dar continuidade a relacionamentos já existentes com agentes governamentais. O pesquisador questiona a definição de movimento social, que emergiu nos anos 1970, e as críticas feitas ao movimento sindical, mais comumente associado com o Estado apesar da tensão dessa relação estar presente para os demais movimentos. Moacir Palmeira evidencia ainda as continuidades entre os movimentos na rua e nos gabinetes.

Debate Populações Tradicionais

O debate da aula "Populações tradicionais" se centrou nas seguintes questões:

  • as mudanças no padrão etnográfico e as questões de autoria, neutralidade, subjetividade, gêneros narrativos;
  • a importância do mapa enquanto instrumento de poder nas disputas territoriais e do intercâmbio entre grupos no Projeto Nova Cartografia Social;
  • o paradoxo dos movimentos sociais de povos e comunidades tradicionais de serem "novos" e "tradicionais" e a contestação de que não são tradicionais pelos seus adversários;
  • a pluralidade de formas organizativas que transcende a classificação exigida pelo Estado e a sua relação com a força na luta política;
  • a criação de museus, símbolos da tradição, em comunidades no meio rural e urbano;
  • as fronteiras entre Estado e movimentos sociais, o presidencialismo de coalização e de cooptação;
  • a luta de imposição do que é participação.
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