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Debate

No debate foram traçadas comparações entre a construção do Estado de Bem-Estar Social na Inglaterra e em países da América Latina, em especial no Brasil. Enquanto na Inglaterra a social-democracia construiu avanços estruturais e a imagem de “primeiro mundo” desde o pós-guerra, além de ter uma tradição forte da classe operária, nos países latino-americanos a repressão predominou com os regimes militares, impondo obstáculos à democracia e à percepção popular dos direitos sociais (como o sistema público de saúde). Foi apontada ainda a eficiência da propaganda estatal na disputa de hegemonia, o que no Brasil foi dificultado pela dominação de meios de comunicação privados. Assinalou-se a importância de se indagar o que permitiu a produção do apagamento e da despolitização dos avanços sociais conquistados e a vitória de Thatcher em 1979. Fazendo um paralelo com a situação recente do Brasil, se pode perguntar como o conservadorismo liberal conseguiu capturar os imaginários, anseios e desejos transversais da sociedade? Ao lado disso, foi destacado que “O Espírito de 45” mostra um processo histórico de longa duração, o que permite ao espectador observar as contradições e a reversibilidade históricas, provocando ainda a esperança com o ciclo presente na repetição da imagem das pessoas dançando em 1945 no final. Assim, o processo descrito não tem início nem fim, mas construiu determinadas práticas de mudança social que podem se repetir em outros momentos a partir das pessoas mais simples, cuja memória Ken Loach busca resgatar enquanto contrainformação e ação política.

O movimento operário nas Astúrias (1937-1977)

A apresentação tratou sobre pesquisa sobre memória do movimento operário da região de Astúrias, norte da Espanha, sobretudo no período do franquismo. Foram ouvidos trabalhadores de minas de carvão, de estaleiros e da indústria metalúrgica num período em que a economia dessa região industrial está em crise (início dos anos 2000). Um dos produtos da pesquisa foi a realização do documentário “Golpe a golpe” que foi exibido na ocasião.

Rubén Vega

Em sua apresentação, Vega abordou diferenças e aproximações entre essas atividades laborais e a seguir comentou alguns trechos de depoimentos dos trabalhadores.

Marta Cioccari

Em sua apresentação, Marta Cioccari acrescenta algumas questões baseadas na comparação com o contexto da mineração no Sul do Brasil, região em que realizou pesquisa com trabalhadores das minas de carvão. Também foi abordado o tema da tortura estabelecendo relações com sua experiência junto à Comissão Nacional da Verdade em investigação sobre a memória dos trabalhadores rurais e sua resistência à repressão no período do regime militar no Brasil.

Debate

Participaram do debate José Sergio Leite Lopes, Beatriz Heredia, Paulo Roberto de Andrade Castro, entre outros.

Pensando os 50 anos do golpe militar

Os seminários do ciclo “Pensando os 50 anos do golpe militar”, ocorridos em 19 e 20 de maio e 13 de agosto de 2014, tiveram por objetivo analisar os impactos e desdobramentos do golpe através de testemunhos e debates de lideranças de movimentos sociais e intelectuais que relacionam a ditadura militar (1964-1985) a processos políticos atuais. Utilizando como eixo o autoritarismo e a repressão dirigida a povos indígenas, trabalhadores rurais e urbanos, dando especial atenção às suas repercussões nas favelas e universidades.

Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE)

Projetos interrompidos: repercussões da ditadura

No dia 1º de Abril de 2014, o Golpe Militar de 1964 completava 50 anos. Para relembrar os acontecimentos que se seguiram durante os anos da ditadura militar, como também para provocar novas reflexões sobre os projetos políticos interrompidos pelos anos de repressão, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ (CBAE) e o Programa de Memória dos Movimentos Sociais (MEMOV) promoveram o evento “Projetos interrompidos: repercussões da ditadura sobre a universidade, os trabalhadores e os povos indígenas”

Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE)

Abertura

O dossiê "Abertura" é constituído por vídeos da mesa de abertura, composta por José Sérgio Leite Lopes (PPGAS/UFRJ), Daniel Aarão Reis (UFF) e Geraldo Cândido (Comissão Estadual da Verdade/RJ). José Sérgio Leite Lopes apresentou o sentido do evento, expondo o interesse de uma reflexão mais profunda sobre os projetos coletivos interrompidos pelo golpe militar (1964) no Brasil, mais especificamente no que tocou à universidade, os trabalhadores e os povos indígenas. Daniel Aarão Reis aponta os nós fundamentais que ainda permanecem nos debates sobre o golpe militar: a participação civil, as ambiguidades de alguns atores sociais em relação ao regime, as polêmicas em torno do tema da transição democrática e os legados da ditadura. Geraldo Cândido oferece uma perspectiva dos trabalhadores sobre a repressão, a organização sindical e o movimento popular do período, e sugere diálogos entre aquele momento e o tempo presente.

José Sérgio Leite Lopes

José Sérgio Leite Lopes (CBAE/UFRJ) expõe o interesse a respeito de uma reflexão mais profunda sobre os projetos coletivos interrompidos pelo golpe militar, interesse esse, que deu origem ao seminário. No que toca a Universidade brasileira, a conjuntura da década de 1960 expunha a urgência de uma reforma universitária que fosse capaz de democratizar e popularizar a Universidade no país. Outra dimensão fundamental discutida no seminário foi a repressão mais difusa, e por isso mesmo menos conhecida, da repressão dos trabalhadores rurais. Fechamento de sindicatos, intervenções, morte de trabalhadores, um conjunto diversificado de estratégias levadas a cabo pela ditadura militar em um contexto de forte ascensão da mobilização política no campo, com a emergência da Contag, a força do sindicalismo rural e de uma série de outras mobilizações que questionaram a estrutura de poder do latifúndio no Brasil. Por último, a atividade pretendeu também discutir o impacto da repressão junto aos povos indígenas e, sobretudo, os aspectos de permanência da violência do Estado contra estes povos em toda a história do país.

Daniel Aarão Reis

Daniel Aarão Reis (UFF) levanta o que para ele são os nós fundamentais que ainda permanecem nos debates sobre o golpe militar. O primeiro deles, a participação civil tanto no golpe como na sustentação do regime. Em segundo lugar, as ambiguidades de alguns atores sociais (lideranças políticas e instituições importantes) em relação ao regime. Um terceiro debate ainda em curso se refere às polêmicas em torno do tema da “transição democrática”. Por último, o historiador desenvolveu o tema dos “legados” da ditadura militar e sua relação com o presente e a democracia.

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