A palestra “Movimentos Sociais do Sindicalismo urbano-industrial” de José Ricardo Ramalho (IFCS/PPGSA/UFRJ), com comentários de Paulo Fontes (FGV/CPDOC), discute o movimento sindical urbano e a sua relação com o Estado. Tópicos abordados:
A forte atuação política dos sindicalistas do ABC paulista (ruptura com a estrutura sindical, produção intelectual), o “novo” sindicalismo;
Variadas formas de resistência do sindicalismo (greves, comissões de fábrica, manifestações públicas) desde o regime militar, bem como sua importância para a legitimidade dos sindicatos e para a formação das centrais sindicais (CUT);
Debate sobre cooptação, corporativismo e a suposta perda da centralidade do trabalho e do sindicalismo no contexto de surgimento dos “novos movimentos sociais”;
Discussão sobre a reforma sindical nos anos 2000, a legalização das centrais sindicais e a continuidade do imposto sindical;
Uso dos mecanismos da governança mundial em favor dos trabalhadores (OIT, redes sindicais, “acordos macro”);
Década de 1980 como exceção e não parâmetro de comparação para lutas sindicais atuais;
Escrito por Adriana Vianna, Silvia Aguião e Anelise Gutterres, o documento “Redes nacionais de representação e articulação LGBT” apresenta um breve histórico e os objetivos das principais redes do movimento LGBT criadas no Brasil desde 1995:
Associação Brasíleira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT);
Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA);
Liga Brasileira de Lésbicas (LBL);
Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL);
Rede Nacional de Negras e Negros LGBT ou Rede Afro LGBT;
Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT);
Associação Brasileira de Homens Trans (ABHT);
Articulação Brasileira de Gays (ArtGay);
Fórum Nacional de Gestoras e Gestores Estaduais e Municipais de Políticas Públicas para a População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (FONGES).
O debate da aula "Movimentos urbanos", que foi realizado no Dia Nacional de Manifestações e Paralisações organizado por movimentos populares e sindicais, se centrou nos seguintes temas:
a especulação imobiliária, inflação e o aumento de pessoas sem teto;
a impossibilidade de que se reduza o déficit habitacional somente através de políticas como o Minha Casa Minha Vida (MCMV);
a necessidade de desapropriação e de combater as causas da gentrificação;
os empecilhos na divulgação dos dados referentes ao déficit habitacional;
a ambiguidade do modelo atual de governo, entre o aumento do investimento público e da participação de movimentos sociais e a simbiose com o mercado (financiamento de campanhas, dívida pública, mercantilização de políticas habitacionais);
a não participação em conselhos, mas o reconhecimento desses espaços por movimentos como o MTST.
a ação direta como forma de pressão para que espaços de participação funcionem;
as particularidades das relações entre movimentos urbanos e o Executivo, Legislativo e Judiciário.
a necessidade de maior interlocução entre os âmbitos e poderes estatais;
a lógica da representação das bases na atuação dos militantes enquanto estratégia de visibilidade;
as transversalidades e diálogos entre velhos e novos movimentos sociais;
a política pública no papel e na prática e a necessidade de se considerar particularidades locais (Morar Carioca, MCMV);
as dificuldades analíticas da classificação dicotômica rural/urbano presente nas políticas públicas e legislação.