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Adelino Chaves

Adelino Chaves (Presidente Associação dos Aposentados e Pensionistas da Petrobrás) é ex-militante do sindicato dos petroleiros de Duque de Caxias. O petroleiro conta sobre sua passagem no exército e como foi posteriormente para a Petrobrás onde conheceu militantes do Partido Comunista. O petroleiro relata sua experiência quando na primeira mobilização do sindicato ele já se dava conta que deveria entrar para o Partido Comunista, como muitos de seus colegas já o eram. Adelino conta como participou das discussões sobre as reformas de base e de que forma viveu esse momento de profundas discussões coletivas. Adelino conta como foi importante a mobilização sindical naquele período e também como “os sindicatos eram unidos” na defesa de pautas únicas e nas mobilizações gerais pelas reformas de base e pelos interesses da classe trabalhadora.

Ulisses Lopes

Ulisses Lopes (Sindicato dos Metalúrgicos) conta seu aprendizado no “tornar-se” torneiro mecânico. Foi em uma fábrica de fundição que Ulisses conhece militantes do Partido Comunista. O ex-metalúrgico conta suas impressões sobre o período histórico em que viveu, seus dilemas em relação ao Getúlio Vargas e ao Estado Novo e como viveu o período de intervenção dos sindicatos logo após o Golpe Militar de 1964, assim como o dia-a-dia do trabalho na fábrica.

José Adolar dos Santos

José Adolar dos Santos (Sindicato dos Telefônicos) era trabalhador da antiga empresa de telefonia, a Telerj. O telefônico nos oferece um relato sobre os mecanismos de vigilância do regime militar no cotidiano da empresa, antes e depois do golpe. Nesse contexto de vigilância e repressão, José Adolar conta como os "delatores infiltrados" na empresa começaram a se identificar e afeiçoar com os trabalhadores e desta forma passaram a cooperar e auxiliar os trabalhadores para driblarem da repressão. Em 1984, José Adolar entra para o sindicato dos telefônicos em uma chapa apoiada pelo PCB, ainda que não tivesse vínculo militante com nenhum partido, salienta ele. José Adolar lembra também das mobilizações na ocasião do processo de privatização e da unidade entre os sindicatos nas lutas por projetos políticos em comum.

Nilson Venâncio

Nilson Venâncio (ANAPAP - Associação Nacional dos Anistiados Políticos, Aposentados e Pensionistas) conta sobre sua trajetória no mundo rural em uma fazenda em Xerém e como sua identificação com o trabalho de lavrador foi fundamental para a constituição da sua identidade de trabalhador. Nilson relata um pouco sobre sua trajetória escolar, contando que frequentou a escola por apenas três meses, mas que, entretanto, fez muitas aulas enquanto estava preso em Ilha Grande durante a ditadura militar. Trabalhou na fábrica nacional de motores e lá se tornou comunista, se organizando no movimento operário pelo PCB. Nilson fala sobre o "anti-comunismo" do período, sobre a tortura e prisões pelas quais passou. Nilson também fala sobre a conjuntura específica do município de Caxias, o primeiro, segundo ele, a entrar na lei de segurança nacional

Jardel Leal

Jardel Leal (DIEESE e ex-operário naval) conta sobre como começou a militar no movimento estudantil universitário em 1968 e também sobre a sua participação no Congresso de Ibiúna da UNE. Com medo da prisão, e por sentir que sua origem social não poderia lhe fornecer muita cobertura contra a ação dos militares, Jardel foi orientado a deixar o movimento estudantil e começar um curso técnico no SENAI onde torna-se soldador. O ex-operário naval ,começa então a trabalhar como soldador e permanece trabalhando como metalúrgico durante 15 anos. Jardel Leal nos conta sobre sua impressão no trabalho dentro da fábrica, no começo de 1970, e como sentia a tensão e desconfiança de seus companheiros de trabalho em relação ao momento em que viviam. Para Jardel Leal, a esquerda da época, especialmente o partido comunista, não conseguia incorporar em seus discursos e práticas a indignação das violências cotidianas sofridas pelos trabalhadores: extensas jornadas de trabalho, acidentes de trabalho. Para Jardel, o chamado "sindicalismo combativo" começa a surgir nessas questões do cotidiano, em campanhas, por exemplo, contra as horas extras, contra os acidentes de trabalho. Outra característica desse nascente "novo sindicalismo" apontada por Jardel, que viria eclodir depois no ABC paulista mas também no Rio de Janeiro, é uma extensão da fábrica para a moradia, na militância em associações de bairro, no diálogo com a vizinhança.

Debate trabalhadores rurais e urbanos

O dossiê "Debate sobre trabalhadores rurais e urbanos" contém o vídeo dos comentários do debatedor Alfredo Wagner de Almeida (UFAM) sobre as mesas "Trabalhadores rurais" e "Trabalhadores urbanos".

Alfredo Wagner de Almeida

Alfredo Wagner salienta a importância de pensar como a história de vida não se separa da história política e essa relação permanente esteve presente em todos os relatos. Um dos aspectos que une as falas dos trabalhadores rurais com a dos trabalhadores urbanos, na visão de Alfredo Wagner, é que muitos líderes tornaram-se referências tanto para os operários urbanos como para os trabalhadores rurais, como no caso do Zé Pureza. Alfredo salienta que, exceto nas falas do Zé Francisco que mencionou sua companheira, e também, nos depoimentos dos filhos do Ferreirinha que mencionaram não só a história dele como também da sua companheira, mãe deles, em todos os outros relatos, segundo Alfredo Wagner, parece existir, um "capital militante" que se apresenta de forma muito individualizada. Alfredo Wagner discute a importância de refletirmos sobre esses projetos interrompidos pela ditadura militar à luz de uma nova conjuntura que propõe novas concepções de política, crescente desconfiança das organizações partidárias e que de certa forma sugerem novas formas de organização, das quais ainda existe, segundo ele, muita dificuldade de compreensão. Para Alfredo Wagner, as lutas de hoje tem mais dificuldade de produzir um sujeito "coletivo" , mas no entanto, são lutas que estão disputando um espaço do comum. Alfredo Wagner aposta que essa "unidade" hoje, sentida perdida pelos militantes que participaram das mesas, será uma unidade construída pela diferença.

Ciência e Universidade

O dossiê "Ciência e universidade" contém vídeos da mesa homônima composta pelos professores: Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG), Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ), Carlos Vainer (UFRJ), Maria de Lourdes Fávero (UFRJ), e o coordenador da mesa Ildeu Moreira (UFRJ). A mesa discutiu os impactos da repressão no funcionamento das instituições, assim como os projetos de ciência, desenvolvimento e reforma universitária que foram interrompidos pela ditadura militar e retomados por ela em outros marcos. Rodrigo Patto Sá Motta abordou a relação da ditadura militar com a universidade. Luiz Pinguelli Rosa enfatizou aspectos da sua experiência e trajetória na universidade durante o período do regime militar. Maria de Lourdes Fávero recupera a história da Faculdade Nacional de Filosofia, criada em 1939. Carlos Vainer (UFRJ) retoma o momento de efervescência intelectual, artística e do campo da ciência da década de 1960.

Rodrigo Patto Sá Motta

Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG), fala sobre seu livro, resultado de uma pesquisa extensa que procura entender os impactos da ditadura militar nas universidades. O historiador salienta que estes impactos e ações do Regime Militar foram muito mais além da repressão mais direta através de violência, tortura e morte de militantes, mas também promoveram reformas na Universidade, tendo em vista que o Regime Militar possuía também um projeto desenvolvimentista que estava intimamente ligado ao ensino e à ciência, consequentemente à universidade. Rodrigo Patto enfatiza também o aspecto da colaboração de muitos reitores e "elites universitárias" com o Regime, o que se reflete no reduzido número de intervenções do regime militar nas universidades do Brasil.

Maria de Lourdes Fávero

Maria de Lourdes Fávero (UFRJ) recupera em sua fala a história da Faculdade Nacional de Filosofia, criada em 1939. A partir de 1964, a Faculdade Nacional de Filosofia sofre um processo intenso de intervenção e afastamentos de alunos e professores. A professora recupera a história institucional da Faculdade Nacional de Filosofia e sua relação com projetos de ciência e engajamentos políticos.

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