Sessão Movimentos contra a Violência de Estado: Gênero, Território e Afeto como Política
- BR RJ UFRJ Memov ET NQS MOVE
- Subsérie
- 23/05/2016
Part of Eventos Temáticos
A sessão Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política, sediada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), foi realizada em 23 de maio de 2016.
A Antropóloga Adriana Vianna (PPGAS-MN/UFRJ) e a Cientista Social Juliana de F. Mello e Lima (UERJ) presidiram a sessão.
A mobilização por parte de familiares de vítimas da violência policial ou militar, especificamente, em torno da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ), foi abordada neste encontro, cujos principais tópicos foram os seguintes:
- a etnografia do dano e do Estado: a partir da observação e descrição das famílias, no Fórum do Rio de Janeiro, buscou-se compreender a constituição dos sujeitos sob o impacto da violência Estatal, a sua sociologização a partir do luto familiar e a coletivização da dor individual;
- a responsabilização não só do Estado, mas dos “ricos” (o grupo social que demanda ações violentas ao Estado) pelos movimentos sociais;
- o jogo de forças na construção contínua da fronteira entre os que testemunham e os que não (testemunham). Por um lado, o trabalho político, por parte do Estado, para ocultar as mortes, conferindo-lhes legalidade, e atualizar-se quanto a aparatos que respondem por uma “tecnologia da morte”.
Por outro lado, a produção de legitimidade pela poética da dor: a corporificação e a importância do gênero, afeto, território e parentesco na linguagem e para a produção de imagens ; - a construção da memória para singularizar as vidas e concretizar as mortes, que passam a integrar uma cartografia.
- o trabalho de articulação das ONGs e a importância da denúncia internacional;
- a hierarquia da violência estatal, constituída pela Academia e pelas ONGs;
- a influência do repertório das Mães da Praça de Maio (Argentina).