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Indira Nahomi Caballero

Na aula “Movimentos indígenas”, a pesquisadora Indira Nahomi Viana Caballero (UFMG) apresenta os resultados da pesquisa realizada pelo projeto MSEP e dados posteriores. Caballero expõe os procedimentos de pesquisa adotados pela equipe. Além de participarem da Mobilização Nacional Indígena de 2013, organizada pela Articulação dos Povos Indígenas (Apib), do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) e da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), realizaram entrevistas e campo com os movimentos:

  • Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), pesquisado por Indira Caballero;
  • Ipereg Ayu, dos Munduruku, pesquisado por Iara Ferraz (PPGAS/UFRJ);
  • Aty Guasu, dos Guarani e Kaiowá, pesquisado por Tonico Benites.

Através da comparação entre eles, a pesquisadora evidencia que, apesar da demarcação de terras indígenas ser a reivindicação centralda maioria dos movimentos indígenas, outras demandas como saúde e educação são importantes. Caballero também destaca que para os povos do Rio Negro, no qual a demarcação é uma realidade, se pauta principalmente a “sustentabilidade” em seu sentido nativo, com o objetivo de se autossustentarem (geração de renda com agricultura e artesanato) e serem independentes enquanto povo e movimento. Além disso, observa que muitas reivindicações dos movimentos indígenas convergem com as dos movimentos rurais e de comunidades tradicionais. Aponta ainda discursos e práticas de violência contra indígenas por parte dos ruralistas.

Geraldo Cândido

Geraldo Cândido, da Comissão Estadual da Verdade/RJ, inicia sua exposição enfatizando o que foi para ele uma das dimensões chaves na explicação do desencadeamento do Golpe Militar no Brasil, qual seja, a figura de João Goulart. Para Geraldo Cândido, a liderança de João Goulart como uma expressão popular e representação do trabalhismo, expressava naquele momento uma das principais forças da imaginação política nacional. Geraldo Cândido salienta que a expressão de Jango provocou um grande incômodo nas forças conservadoras do país, especialmente porque sua ascensão eratambém a ascensão de uma cultura política produzida por trabalhadores e seus anseios de transformação. Nessa conjuntura, o palestrante recupera todo o “clima” de mobilização protagonizado pelos trabalhadores, rurais e urbanos, que antecedeu o Golpe Militar: desde as Revoltas dos Marinheiros no sindicato dos Metalúrgicos até o grande comício da Central do Brasil. É para recuperar o protagonismo da classe trabalhadora nesse contexto de efervescência política que vivia o Brasil e também na importante resistência por ela produzida nos “anos de chumbo”, que Geraldo Cândido enfatiza a relevância de ampliarmos as pesquisas e divulgação do período entre 1964 e 1968, período este de menor relevância para a historiografia da ditadura, mas que expressa, segundo ele, os modos pelos quais os sindicatos e os trabalhadores representaram o grupo social mais diretamente atingido pelo Golpe Militar.

Ulisses Lopes

Ulisses Lopes (Sindicato dos Metalúrgicos) conta seu aprendizado no “tornar-se” torneiro mecânico. Foi em uma fábrica de fundição que Ulisses conhece militantes do Partido Comunista. O ex-metalúrgico conta suas impressões sobre o período histórico em que viveu, seus dilemas em relação ao Getúlio Vargas e ao Estado Novo e como viveu o período de intervenção dos sindicatos logo após o Golpe Militar de 1964, assim como o dia-a-dia do trabalho na fábrica.

Movimento sindical rural

Em sua apresentação, John Comerford (MN/UFRJ) fala da diversificação dos movimentos rurais e de suas pautas e ações, principalmente nos últimos 10 anos nos quais houve uma ampliação do diálogo com agências do Estado. Comerford também questiona os objetivos da pesquisa, que, em sua opinião, não se deve resumir apenas ao debate entre o governo e a academia/universidades/pesquisadores. O objetivo e finalidade maiores seriam o de estender esse debate também para os movimentos sociais. Ouvir quais são as suas necessidades, ouvir mais do que falar. Ele espera que a construção e o resultado do projeto sejam compartilhados por todos os agentes envolvidos.

Daniel Aarão Reis

Daniel Aarão Reis (UFF) levanta o que para ele são os nós fundamentais que ainda permanecem nos debates sobre o golpe militar. O primeiro deles, a participação civil tanto no golpe como na sustentação do regime. Em segundo lugar, as ambiguidades de alguns atores sociais (lideranças políticas e instituições importantes) em relação ao regime. Um terceiro debate ainda em curso se refere às polêmicas em torno do tema da “transição democrática”. Por último, o historiador desenvolveu o tema dos “legados” da ditadura militar e sua relação com o presente e a democracia.

José Rodrigues Sobrinho

O dirigente sindical José Rodrigues Sobrinho, um dos fundadores da Contag e da CUT, relata alguns aspectos de sua própria trajetória no movimento dos trabalhadores rurais, inicialmente no Rio Grande do Norte, e depois em contexto nacional e internacional, concomitantemente à criação dos sindicatos de trabalhadores rurais, das federações e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Ele destaca as formas de mobilização dos trabalhadores rurais para enfrentar a dominação e a repressão dos patrões e do Estado, em um contexto em que ele próprio foi perseguido e exilado durante o regime militar.

Adelino Chaves

Adelino Chaves (Presidente Associação dos Aposentados e Pensionistas da Petrobrás) é ex-militante do sindicato dos petroleiros de Duque de Caxias. O petroleiro conta sobre sua passagem no exército e como foi posteriormente para a Petrobrás onde conheceu militantes do Partido Comunista. O petroleiro relata sua experiência quando na primeira mobilização do sindicato ele já se dava conta que deveria entrar para o Partido Comunista, como muitos de seus colegas já o eram. Adelino conta como participou das discussões sobre as reformas de base e de que forma viveu esse momento de profundas discussões coletivas. Adelino conta como foi importante a mobilização sindical naquele período e também como “os sindicatos eram unidos” na defesa de pautas únicas e nas mobilizações gerais pelas reformas de base e pelos interesses da classe trabalhadora.

Ementa do curso

Ementa do curso “Lutas sociais no campo e na cidade” (PPGSA/UFRJ e PPGAS/UFRJ), ministrado por José Sérgio Leite Lopes (UFRJ/MN) e Beatriz Heredia (UFRJ/IFCS) no primeiro semestre de 2016. Contém:

  • descrição dos objetivos, contexto, conteúdo e âmbito do curso;
  • datas, horários e locais das aulas e palestras;
  • bibliografia do curso.
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