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Giralda Seyferth

Giralda Seyferth fez comentários no sentido de destacar o racismo presente nos discursos abolicionistas, mais comprometidos com a modernização da economia liberal do que com solidariedade humana, haja vista a falta de programas de inserção dos ex-escravos na sociedade livre.

Os movimentos sociais e o CONSEA

Em palestra realizada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), Maria Emília Pacheco, presidente do CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), aborda o que é participação social no âmbito do CONSEA, a resistência conservadora e as ameaças impostas à política de participação social.

Cabe destacar que o evento ocorreu dois dias depois de aprovado pelo Senado Federal a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o que definia seu afastamento da presidência da república e a assunção interina do cargo por Michel Temer. Os acontecimentos políticos influenciaram o tom do debate, considerando que lideranças que estavam assumindo o poder eram notoriamente contra a política de participação social, o que foi lido pelos presentes como grave ameaça à continuidade das atividades do CONSEA.

Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política

Realizada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), a palestra “Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política” de Adriana Vianna (UFRJ) e Juliana Farias (UERJ) discutiu os movimentos de familiares de vítimas da violência policial ou militar, com foco na Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ).

Adriana Vianna e Juliana Farias

Os principais tópicos abordados pelas palestrantes foram:

  • Etnografia do dano e do Estado: a partir da observação e descrição das famílias no Fórum do Rio de Janeiro, tiveram por objetivo compreender a constituição de sujeitos através do impacto da violência estatal, a sua sociologização no luto familiar e a coletivização da dor individual;
  • a responsabilização não só do Estado, mas dos “ricos” (a parte da sociedade que demanda ações violentas do Estado) pelos movimentos;
  • o jogo de forças na construção contínua da fronteira entre os que contam e os que não contam. Por um lado, o trabalho político e social do Estado para apagar mortes, dar aparência de legalidade e atualizar tecnologias de morte. Por outro lado, a produção de legitimidade pela poética da dor: a corporificação e a importância do gênero, afeto, território e parentesco na linguagem e produção de imagens (maternidade, infância, “nossos mortos têm voz”);
  • a construção da memória para singularizar as vidas e concretizar as mortes, que passam a integrar a cartografia: cartazes com nomes e fotos dos mortos.

Elizabeth Linhares

Elizabeth Linhares, pesquisadora do projeto responsável pela pesquisa na Região Serrana, destacou a incidência de conflitos trabalhistas, cujas informações revelam tensões entre posseiros e fazendeiros.

Debate

O debate se centrou nos temas:

  • a perda de significado do termo migração, como são definidos os locais de moradia e os migrantes;
  • a migração como constitutiva de uma determinada família, o conceito de liberdade e a diferença entre cativeiro e sujeição;
  • o papel das categorias intelectuais e do Estado na invenção do “Nordeste”;
  • o problema da (não) adaptação a certo tipo de trabalho industrial;
  • as redes sociais de famílias de migrantes e a formação de classe.

O movimento operário nas Astúrias (1937-1977)

A apresentação tratou sobre pesquisa sobre memória do movimento operário da região de Astúrias, norte da Espanha, sobretudo no período do franquismo. Foram ouvidos trabalhadores de minas de carvão, de estaleiros e da indústria metalúrgica num período em que a economia dessa região industrial está em crise (início dos anos 2000). Um dos produtos da pesquisa foi a realização do documentário “Golpe a golpe” que foi exibido na ocasião.

Marta Cioccari

Em sua apresentação, Marta Cioccari acrescenta algumas questões baseadas na comparação com o contexto da mineração no Sul do Brasil, região em que realizou pesquisa com trabalhadores das minas de carvão. Também foi abordado o tema da tortura estabelecendo relações com sua experiência junto à Comissão Nacional da Verdade em investigação sobre a memória dos trabalhadores rurais e sua resistência à repressão no período do regime militar no Brasil.

Novas Questões Sociais, Trabalhadores Urbanos, Trabalhadores Rurais: História e Perspectivas

O ciclo Novas Questões Sociais, Trabalhadores Urbanos, Trabalhadores Rurais: História e Perspectivas, foi coordenado pelos Diretores do CBAE, Professores José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ) e Beatriz Heredia (PPGSA-IFICS/UFRJ) foi realizadao entre os meses de março e junho de 2016.
O Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) e o Museu Nacional (MN-UFRJ), ao longo de dez sessões, agregaram pesquisadores convidados, dentre os quais, Antropólogos, Cientistas Sociais, Historiadores e, demais profissionais de áreas correlatas ao tema objeto de estudo.
O ciclo foi validado como curso pelo Conselho de Ensino para Graduados, (CEPG/UFRJ), a integrar os Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Sociologia do Museu Nacional (PPGAS-MN) e Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (PGSA-IFICS).
As sessões discorreram sobre a relação entre o Estado e os movimentos sociais, o mundo do trabalho e as lutas sociais no campo e na cidade, em escalas local, regional, nacional e internacional.
O objetivo foi dialogar sobre os seguintes temas:

  • as transformações no mundo do trabalho;
  • a importância da construção e da transmissão da memória dos movimentos sociais;
  • a relevância do estudo comparado e sistemático entre movimentos de trabalhadores urbanos e trabalhadores rurais, habitualmente pesquisados de formas estanque pelos especialistas e
  • a importância de uma visão ampla do trabalho, envolvido em outras esferas da vida social.
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