O debate no seminário "Movimentos negros" se centrou nas seguintes questões:
o lugar de fala, a categoria de experiência e o reconhecimento do privilégio branco na produção de pesquisas científicas;
o imbricamento entre produção do saber e relações de poder, o racismo institucional nas universidades, a importância política eepistemológica da fala de militantes externos ao eixo Rio-São Paulo;
o conceito de visibilidade e a invisibilização, reproduzida nos conselhos, de determinadas etnias;
o problema da ideia de cooptação por não captar a ambiguidade da relação entre Estado e movimentos sociais, a produção e o apagamento de seus limites, as cobranças entre militantes que ocupam cargos de gestão e os que não ocupam;
a “estatização” dos movimentos (expertise para participar, aquisição de tecnologias);
a homologia entre a posição dos intelectuais no campo do poder e dos movimentos sociais no campo social;
a problematização do que é participação e das classificações dos movimentos sociais;
as diferentes categorias de Estado e de poder;
a falta de consenso entre militantes acerca do uso de plural ao se falar em movimento(s) negro(s);
as limitações da representação e da relação entre lideranças e a “base".