Mostrando 220 resultados

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Programa de Memória dos Movimentos Sociais
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Mônica Francisco

Mônica Francisco destaca o papel da mídia na construção de uma imagem da população favelada como uma “população mandável”. Também menciona o uso do discurso ambiental nos processos de remoção e a gentrificação ou “expulsão branca” que vem ocorrendo no Morro do Vidigal.

Raul Santiago

Raul Santiago relata as disputas por imaginário e território, a violência da “pacificação” (UPPs) contra os jovens, a importância de coletivos como o Ocupa Alemão e o Papo Reto para a autonomia dos moradores de favela.

José Francisco da Silva

O dirigente sindical José Francisco da Silva, ex-presidente da Contag entre 1968 e 1984, destacou a luta para organizar os trabalhadores do campo depois do golpe militar de 1964, quando os sindicatos estavam sob intervenção e os líderes camponeses estavam permanentemente sujeitos à violência por parte dos militares, dos senhores de engenho ou de usineiros, latifundiários e seus capangas. No nordeste do país, uma das estratégias adotadas pelo movimento foi a criação das delegacias sindicais. José Francisco relatou o encontro que teve com o Papa Paulo VI, em 1969, em Roma, quando entregou ao Sumo Sacerdote uma carta na qual denunciava a realidade brasileira sob o regime de exceção e solicitava o apoio da Igreja para a reconstituição democrática do país. Ele explica que a audiência com o Papa foi estratégica no sentido de evidenciar ao governo brasileiro que a Contag não estava isolada ou sozinha em suas lutas. De acordo com o sindicalista, na época da ditadura e sob a intensa perseguição aos trabalhadores e militantes, havia dois guarda-chuvas para as esquerdas: a Contag e a Igreja Católica. José Francisco ressaltou ainda a importância das mobilizações dos camponeses e de outros setores da sociedade para a retomada do processo democrático.

Carlos Vainer

Carlos Vainer (FCC-UFRJ) fala sobre a importância de compreender a memória como um “campo de batalha”. O professor retoma em sua fala o momento de efervescência intelectual, artística e do campo da ciência da década de 1960, o que produziu uma cultura política marcadamente intelectualizada e engajada. Para ele, existia nesse período, uma fusão entre ciência, arte e política, e que, é fortemente interrompido depois de 1968 com o endurecimento do Regime Militar. O professor Calor Vainer sintetiza alguns elementos importantes para se compreender a cultura de esquerda nesse período e sobretudo, entender como os projetos políticos estavam fortemente vinculados à universidade e ao campo intelectual de uma maneira geral

Dulce Pandolfi

Dulce Pandolfi discorre acerca do direito à memória (sobre favelas) e aponta continuidades e descontinuidades da intervenção estatal nesses espaços ao passo em que frisa as diferenças entre os tempos da ditadura hoje e da ditadura militar.

José Adolar dos Santos

José Adolar dos Santos (Sindicato dos Telefônicos) era trabalhador da antiga empresa de telefonia, a Telerj. O telefônico nos oferece um relato sobre os mecanismos de vigilância do regime militar no cotidiano da empresa, antes e depois do golpe. Nesse contexto de vigilância e repressão, José Adolar conta como os "delatores infiltrados" na empresa começaram a se identificar e afeiçoar com os trabalhadores e desta forma passaram a cooperar e auxiliar os trabalhadores para driblarem da repressão. Em 1984, José Adolar entra para o sindicato dos telefônicos em uma chapa apoiada pelo PCB, ainda que não tivesse vínculo militante com nenhum partido, salienta ele. José Adolar lembra também das mobilizações na ocasião do processo de privatização e da unidade entre os sindicatos nas lutas por projetos políticos em comum.

Debate

O debate incluiu intervenções de Moacir Palmeira, Beatriz Heredia e José Sergio Leite Lopes.

Antônio Carlos Firmino

Antônio Carlos Firmino do Museu Sankofa da Rocinha aborda a instalação da “ditadura do tráfico” depois do fim da ditadura militar e como esse fenômeno mantém a repressão por parte da polícia sobre o favelado.

Luiz Pinguelli Rosa

Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ) salienta em sua fala que é preciso reafirmar o fato da ditadura militar ter sido um projeto político da direita do país, uma direita que, lembra o professor, se dizia nacionalista mas atuava fundamentalmente contra os nacionalistas e esse enfrentamento ao nacionalismo será continuado no Brasil pela agenda e forças políticas do neoliberalismo. Luiz Pinguelli relembra os impactos do Regime Militar na vida universitária , especialmente no que se refere ao afastamento de vários professores. Ele relembra especialmente o caso do professor de física Leite Lopes. Luiz Pinguelli também retoma a importância das mobilizações docentes e greves feitas na Universidade, os enfrentamentos cotidianos e as dificuldades de ação impostas pelo Regime Militar.

Elizabeth Linhares

Elizabeth Linhares, pesquisadora do projeto responsável pela pesquisa na Região Serrana, destacou a incidência de conflitos trabalhistas, cujas informações revelam tensões entre posseiros e fazendeiros.

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