Sessão Populações Indígenas na Cidade
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- Subsérie
- 08/06/2018
Parte deEventos Temáticos
A sessão Populações Indígenas na Cidade, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos, foi realizada em 08 de junho de 2018.
O Antropólogo José Carlos Matos Pereira (PPGAS-MN/UFRJ) presidiu a mesa homônima.
Comentários finais de Edmundo Pereira (PPGAS-MN/UFRJ).
A preleção de José Carlos Matos Pereira foi pautada em sua tese de doutorado, “Indígenas em Cidades Amazônicas”, desenvolvida junto às cidades de Altamira, Belo Monte e São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas.
Em sua apresentação, foram abordados os seguintes tópicos:
- o conceito sociológico e o conceito geográfico de cidade;
- as divergências entre “movimentos do social” e “movimentos do pensamento”, ao tratar de teorias desenvolvidas e da ocorrência dos fatos e suas transformações;
- o conceito de “sociedade urbana” e as especificidades ao conceituar cidades na Amazônia;
- dados do Censo Indígena 2010;
- o imaginário coletivo referente à questão das etnias indígenas e suas disputas frente a um processo contínuo de invisibilização e deslegitimação de suas pautas;
- a importância de não homogenizar a noção de indígena, uma vez que são grupos de múltiplas etnias, línguas, práticas rituais, alimentares e arquitetônicas;
- a (re)significação do espaço urbano pelos grupos étnicos através de práticas como renomeamento de ruas, construção de habitações tradicionais e cultivo da terra;
- a violência urbana resultando na exclusão do mercado de trabalho, a construção de grandes obras, como o caso da usina hidrelétrica de Belo Monte (Amazonas), e as especificidades da vivência de mulheres e crianças de etnias indígenas;
- iniciativas de criação e a atuação de centros culturais e escolas ameríndias como espaços de ressocialização e preservação das línguas e costumes e
- as diferentes organizações de povos tradicionais que atuam nas cidades como um espaço de articulação políticas, em processo de luta identitária, a se constituírem em interlocutores dos órgãos governamentais.