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Programa de Memória dos Movimentos Sociais
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Trabalho memorial e favelas em tempos de ditadura

As falas registradas no evento destacaram como a valorização da memória consiste num elemento fundamental para a capacidade de resistência dessas populações contra as diversas formas de violação de seus direitos. Consideram que a repressão vivenciada pela população das favelas não se restringe ao período da ditadura civil-militar (1964-1985): mesmo depois da redemocratização, persistem as “ditadura da polícia”, “ditadura do tráfico”, “ditadura da milícia”. Além de três mesas de debates, completam a programação a exibição do filme “Remoção” de Luiz Antônio Pilar e Anderson Quack (CUFA) e a exposição “Varal de Lembranças”.

Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE)

Trabalho, Memórias e Movimentos

O ciclo Trabalho, Memórias e Movimentos, coordenado pelos Diretores do CBAE, Professores José Sergio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ) e Beatriz Heredia (PPGSA- IFICS/UFRJ), e sediado pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi composto por dez palestras, realizadas entre os meses de abril a junho de 2018.
Idealizado em duas etapas, a primeira, organizada por aulas teóricas e, a segunda, pelo ciclo Trabalho, Memórias e Movimentos, foi integrado por pesquisadores cujos objetos de estudo são concernentes aos temas propostos.
O ciclo foi validado como curso pelo Conselho de Ensino para Graduados (CEPG/UFRJ), a integrar os Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Sociologia do Museu Nacional (PPGAS-MN) e Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (PGSA-IFICS).
As questões que envolvem o conflito social, a manipulação do Direito e dos aparatos de Estado e, os usos da força física e simbólica foram abordadas ao longo das sessões.
“Trabalho...” norteou-se em temas como ações e repertórios de diferentes grupos sociais, a assessoria à movimentos populares, biografias e, em trajetórias de trabalhadores e pesquisadores.
E, finalmente, expôs as múltiplas relações entre produção acadêmica e militância política.

Ulisses Lopes

Ulisses Lopes (Sindicato dos Metalúrgicos) conta seu aprendizado no “tornar-se” torneiro mecânico. Foi em uma fábrica de fundição que Ulisses conhece militantes do Partido Comunista. O ex-metalúrgico conta suas impressões sobre o período histórico em que viveu, seus dilemas em relação ao Getúlio Vargas e ao Estado Novo e como viveu o período de intervenção dos sindicatos logo após o Golpe Militar de 1964, assim como o dia-a-dia do trabalho na fábrica.

Vídeo Debate

As seguintes questões foram abordadas:

  • desigualdade social;
  • reinvenções no processo de formação política das juventudes (via igrejas, sindicatos, partidos, ONGs, coletivos etc.) e a sua articulação pelas redes sociais e
  • a responsabilidade de pesquisadores e movimentos sociais na formulação de políticas públicas.

Vídeo Debate

As questões, suscitadas pelo debate, demarcaram como contraditória a relação entre o “morro e asfalto”. Nos anos 1960, em paralelo às remoções, a classe média da Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro, demandava a mão-de-obra das favelas. Apesar do distanciamento da comunidade em relação aos bairros, como que regiões que refletissem agendas sociais desconexas, estes últimos (moradores) foram beneficiados pela política de “pacificação”. As medidas adotadas responderam pelo policiamento ostensivo junto às favelas, qual seja, as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).

Vídeo Debate

As questões foram pautadas pela relevância dos relatos fornecidos por quem sofreu a experiência de processos de remoções.
Em se tratando da disputa pelo discurso da memória, se propôs viabilizar a formação de um núcleo, integrado por moradores de favelas, para atuar junto a Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Violações aos Povos Indígenas na Ditadura

A sessão Violações aos Povos Indígenas na Ditadura, coordenada pelo Núcleo de Memória e Direitos Humanos -Memov/CBAE, e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 07 de junho de 2019.
O Jornalista e militante Douglas Krenak, o Historiador Gustavo Simi (PUC-Rio) e os Antropólogos Iara Ferraz e Orlando Calheiros (PPGAS-MN/UFRJ) integraram a mesa.
Por ação direta ou omissão dos agentes governamentais, o Estado brasileiro perpetrou, ao longo da História, sucessivos massacres aos povos originários.
Durante o Regime Ditatorial Militar, os atentados contra os direitos das etnias indígenas brasileiras se expressaram na forma de espoliação de suas terras, remoções forçadas, contágio por doenças, prisões, torturas e maus-tratos.
Como resultado das reivindicações dos movimentos indígenas e dos pesquisadores, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) registrou, em seu relatório final, a morte e o desaparecimento de 8.350 pessoas.
A mesa propôs o debate sobre o tema que, embora tenha sido incluído no relatório da CNV, as iniciativas quanto ao fomento à memória, assim como a reparação pelos crimes cometidos contra estes povos, ainda são tímidas. Principalmente, no que diz respeito ao carácter coletivo das infrações.

Programa de Memória dos Movimentos Sociais (Memov)

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