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Sessão Etnografias Individuais e Etnografias Coletivas :A Contribuição Científica e Institucional do Projeto “Emprego e Mudança Social no Nordeste

Etnografias Individuais, Etnografias Coletivas: a Contribuição Científica e Institucional do Projeto "Emprego e Mudança Social no Nordeste”, coordenada pelo Antropólogo Moacir Palmeira (PPGAS-MN/UFRJ), foi ministrada pelo Antropólogo Afrânio Garcia Júnior (IESP-UERJ).
A sessão foi sediada pelo Museu Nacional (MN-UFRJ), em 28 de março de 2016.
A apresentação de Afrânio Garcia ressaltou a memória do projeto “Emprego e Mudança Social no Nordeste” (1975-1977), em se tratando da institucionalização da Antropologia Social no país, especialmente para a consolidação do Museu Nacional enquanto instituição de ensino e pesquisa.
Refletiu sobre o contexto político em que os pesquisadores desenvolveram o projeto supracitado.
Segundo Garcia, os resultados obtidos (pela pesquisa), convergiram com a obra de Sergio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, em se tratando do modo de produção plantation, no que concerne ao abismo social entre os atores envolvidos.

Sessão Comum e Comunidade: uma Alternativa ao Neoliberalismo

A sessão Comum e Comunidade: uma Alternativa ao Neoliberalismo, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 18 de abril de 2016.
O Cientista Social Christian Laval (GÉODE) presidiu a mesa homônima.
Tradução simultânea de Daniel Hirata.
A apresentação de Christian Laval abordou como o neoliberalismo se apresenta na forma de uma lógica normativa que modela a sociedade e suas subjetividades. Nesse sentido, são destacados dois eixos principais: a universalização da concorrência como forma de mediação entre países, pessoas, instituições e do modelo de “empresa”, aplicado em todas as instituições e aos sujeitos em si.
Em sua preleção, Laval defendeu a noção que o neoliberalismo, desde seu surgimento nos anos 1930, trouxe consigo um componente anti-democrático, fundamentado numa legislação que sacraliza as normas do capitalismo, de modo que a democracia tendeu a se tornar meramente formal. Nesse sentido, o autor preconiza “a razão do comum” surgida nos anos 1990, como uma possível alternativa ao neoliberalismo através de movimentos ecológicos e intermundialistas

Sessão Movimentos contra a Violência de Estado: Gênero, Território e Afeto como Política

A sessão Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política, sediada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), foi realizada em 23 de maio de 2016.
A Antropóloga Adriana Vianna (PPGAS-MN/UFRJ) e a Cientista Social Juliana de F. Mello e Lima (UERJ) presidiram a sessão.
A mobilização por parte de familiares de vítimas da violência policial ou militar, especificamente, em torno da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ), foi abordada neste encontro, cujos principais tópicos foram os seguintes:

  • a etnografia do dano e do Estado: a partir da observação e descrição das famílias, no Fórum do Rio de Janeiro, buscou-se compreender a constituição dos sujeitos sob o impacto da violência Estatal, a sua sociologização a partir do luto familiar e a coletivização da dor individual;
  • a responsabilização não só do Estado, mas dos “ricos” (o grupo social que demanda ações violentas ao Estado) pelos movimentos sociais;
  • o jogo de forças na construção contínua da fronteira entre os que testemunham e os que não (testemunham). Por um lado, o trabalho político, por parte do Estado, para ocultar as mortes, conferindo-lhes legalidade, e atualizar-se quanto a aparatos que respondem por uma “tecnologia da morte”.
    Por outro lado, a produção de legitimidade pela poética da dor: a corporificação e a importância do gênero, afeto, território e parentesco na linguagem e para a produção de imagens ;
  • a construção da memória para singularizar as vidas e concretizar as mortes, que passam a integrar uma cartografia.
  • o trabalho de articulação das ONGs e a importância da denúncia internacional;
  • a hierarquia da violência estatal, constituída pela Academia e pelas ONGs;
  • a influência do repertório das Mães da Praça de Maio (Argentina).

Fernando Ermiro

A apresentação de Fernando Ermiro abordou sobre as continuidades entre o passado do Regime Ditatorial Militar e o presente.
No que se refere a favelas e a Rocinha (São Conrado, Rio de Janeiro), ressaltou a relevância do jornal comunitário deste bairro, o Tagarela (1977-1983), enquanto instrumento de questionamento indireto ao Estado e, título de propriedade como elemento diferenciador entre cidade e favela.

Dona Zica

Anazir Maria Oliveira, conhecida como Dona Zica, relatou as dificuldades enfrentadas pelas duas remoções que vivenciou, entre as décadas de 1960 e 1970, na cidade do Rio de Janeiro. De uma favela, próxima a Manguinhos (próximo ao bairro de Bonsucesso), foi removida para o bairro da Penha e, em seguida, para a Vila Aliança (Bangu). Consequentemente, coletivos foram empreendidos como uma forma de resistência.

Dulce Chaves Pandolfi

A apresentação de Dulce Chaves Pandolfi discorreu acerca do direito à memória.
Vislumbrou continuidades e descontinuidades, em relação a intervenção estatal nos espaços abrigados pelas favelas, ao passo em que destacou as distinções entre a ditadura contemporânea e do Regime Ditatorial Militar de meados do século XX.

Vídeo Debate

As questões foram pautadas pela relevância dos relatos fornecidos por quem sofreu a experiência de processos de remoções.
Em se tratando da disputa pelo discurso da memória, se propôs viabilizar a formação de um núcleo, integrado por moradores de favelas, para atuar junto a Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Adriana Facina

A apresentação de Adriana Facina destacou como a sobrevivência nas favelas, durante o Regime Ditatorial Militar, impossibilitou a atuação dos movimentos que lutavam pela democracia. O jogo político tendeu a ser visto como algo fora do alcance da população favelada: o discurso oscilou entre o “Estado ausente” e o Estado como inimigo.

Trabalhadores Urbanos

A sessão Trabalhadores Urbanos, coordenada pelo Antropólogo Alfredo Wagner B. de Oliveira (UFAM), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 19 de maio de 2014.
Benedito Santos (Fórum dos Anistiados dos Operários Navais), Adelino Chaves (Presidente Associação dos Aposentados e Pensionistas da Petrobrás), Ulisses Lopes (Sindicato dos Metalúrgicos), José Adolar dos Santos (Sindicato dos Telefônicos), Nilson Venâncio (Associação Nacional dos Anistiados Políticos, Aposentados e Pensionistas-ANAPAP) e Jardel Leal (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos-DIEESE e ex-metalúrgico) integraram a mesa.
As lideranças foram atuantes junto ao movimento sindical urbano, antes e depois do Golpe Militar de 1964. Ao presidirem o encontro, recuperaram um conjunto de experiências, lutas, tensões e projetos políticos da classe trabalhadora, interrompidos pelo Regime Ditatorial Militar no Brasil.

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