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Sessão Movimento Operário nas Austúrias (1937-1977)

A sessão Movimento Operário nas Astúrias (1937-1977), coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sergio Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 27 de junho de 2016.
O Professor Rubén Vega (Universidade de Oviedo) presidiu a mesa homônima.
Participação de Marta Cioccari (UFRRJ) e Elina Gonçalves da F. Pessanha (IFCS/UFRJ).

A apresentação de Rubén Vega fez alusão a pesquisa sobre memória do movimento operário da região de Astúrias, norte da Espanha, sobretudo no período do franquismo, a qual resultou no documentário “Golpe a Golpe”, foi exibido na ocasião.
Em seu projeto de pesquisa, acompanhou depoimentos de trabalhadores de minas de carvão, de estaleiros e da indústria metalúrgica, em um período em que a economia dessa região industrial estava em crise (início dos anos 2000). Em seguida, Vega abordou diferenças e aproximações entre essas atividades laborais e, comentou trechos dos testemunhos dos trabalhadores.
A pesquisadora Marta Cioccari contribuiu para o debate apresentando questões referentes ao contexto da mineração no Sul do Brasil, região em que realizou pesquisa com trabalhadores das minas de carvão. Ademais, mediante a sua experiência junto a Comissão Nacional da Verdade, aborda a resistência, por parte dos trabalhadores rurais, contra a tortura em empreendida pelo Regime Ditatorial Militar no Brasil.
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Sessão A Migração Nordeste-São Paulo e a Memória dos Trabalhadores do ABC Paulista

A sessão A Migração Nordeste-São Paulo e a Memória dos Trabalhadores do ABC Paulista, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 6 de junho de 2016.
A Cientista Social Marilda Aparecida de Menezes (UFABC) presidiu a mesa homônima.
Comentários finais de Paulo Fontes (CPDOC/FGV).
A apresentação de Marilda Menezes discorreu sobre a metodologia e os resultados obtidos pela sua pesquisa, enquanto mestranda. Investigara famílias do Alto Sertão da Paraíba, cujos membros foram para a região do ABC Paulista durante as décadas de 1970 e 1980, bem como o seu retorno ao campo desde 2013.
A investigação buscou abranger as duas pontas da migração: as relações de trabalho, nos locais de saída e de chegada, e a rede familiar que permanece em seu local de origem. Retomou os debates da literatura sobre a migração e os seus limites enquanto construção analítica. Segundo a autora, a abordagem metodológica do processo social e agência social permite observar: as estratégias de reprodução social das famílias camponesas, o fluxo permanente dos migrantes, as formas de convívio com regimes de trabalho e com chefes para além da oposição submissão/resistência (“humilhação”, “sabedoria”, dívida moral).
Paulo Fontes relatou que a migração do campo para a cidade, no Brasil (1940-1980) foi, mundialmente, a mais expressiva e ressaltou a relevância do tema que, articula estudos rurais e urbanos, cultura operária e camponesa. Considerou ser premente desnaturalizar a categoria “Nordeste”, inventada no Sudeste segundo cortes de classe social e raça, e o dualismo modernização/proletarização. Apontou mudanças ocorridas desde 1970 e 1980, tais como a valorização do trabalhador e a contestação, por parte de setores populares e ambientalistas, da indústria automobilística.

Sessão Conflitos e Repressão no Campo: Rio de Janeiro, 1946-1958

A sessão Conflitos e Repressão no Campo, no Rio de Janeiro (1946-1958), coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 30 de maio de 2016.
As Cientistas Sociais Leonilde de Medeiros, Aline Maia e Elizabeth Linhares participaram como pesquisadoras convidadas.
As apresentações foram pautadas em pesquisa que se propôs mapear os conflitos fundiários no estado do Rio de Janeiro, entre 1946 e 1988. O levantamento teve como base documentos custodiados por sindicatos, pelo Projeto Brasil Nunca Mais, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e por fontes documentais do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ). Outrossim foram realizadas idas a campo e uma centena de entrevistas com trabalhadores, Advogados dos sindicatos, agentes da CPT, lideranças que atuaram à época e os filhos de lideranças.
A apresentação de Leonilde de Medeiros apresentou os dados obtidos em sua pesquisa, os quais indicam três grandes áreas de conflito: região canavieira, região metropolitana e litoral Sul. Os resultados obtidos indicam que os principais antagonistas do campesinato fluminense são o latifúndio, o capital imobiliário, empreendimentos turísticos e, fábricas de grande porte.
Aline Maia, responsável pela pesquisa em Duque de Caxias, abordou os processos de ocupação da Baixada Fluminense, mais especificamente, o caso da Fábrica Nacional de Motores.
Elizabeth Linhares destacou a incidência de conflitos trabalhistas ocorridos na Região Serrana, cujas informações revelam tensões entre posseiros e fazendeiros.

Sessão Movimentos contra a Violência de Estado: Gênero, Território e Afeto como Política

A sessão Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política, sediada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), foi realizada em 23 de maio de 2016.
A Antropóloga Adriana Vianna (PPGAS-MN/UFRJ) e a Cientista Social Juliana de F. Mello e Lima (UERJ) presidiram a sessão.
A mobilização por parte de familiares de vítimas da violência policial ou militar, especificamente, em torno da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ), foi abordada neste encontro, cujos principais tópicos foram os seguintes:

  • a etnografia do dano e do Estado: a partir da observação e descrição das famílias, no Fórum do Rio de Janeiro, buscou-se compreender a constituição dos sujeitos sob o impacto da violência Estatal, a sua sociologização a partir do luto familiar e a coletivização da dor individual;
  • a responsabilização não só do Estado, mas dos “ricos” (o grupo social que demanda ações violentas ao Estado) pelos movimentos sociais;
  • o jogo de forças na construção contínua da fronteira entre os que testemunham e os que não (testemunham). Por um lado, o trabalho político, por parte do Estado, para ocultar as mortes, conferindo-lhes legalidade, e atualizar-se quanto a aparatos que respondem por uma “tecnologia da morte”.
    Por outro lado, a produção de legitimidade pela poética da dor: a corporificação e a importância do gênero, afeto, território e parentesco na linguagem e para a produção de imagens ;
  • a construção da memória para singularizar as vidas e concretizar as mortes, que passam a integrar uma cartografia.
  • o trabalho de articulação das ONGs e a importância da denúncia internacional;
  • a hierarquia da violência estatal, constituída pela Academia e pelas ONGs;
  • a influência do repertório das Mães da Praça de Maio (Argentina).

Sessão Os Movimentos Sociais e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)

A sessão Os Movimentos Sociais e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em16 de maio de 2016.
Maria Emília Pacheco (Presidente do CONSEA) presidiu a mesa homônima.
Comentários finais de John Comerford e Moacir Palmeira (PPGAS-MN/UFRJ).
A apresentação da Presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), abordou o que é participação social no âmbito da entidade, a resistência conservadora e as ameaças impostas à política de participação social.
Maria Emília Pacheco teceu um breve histórico do Conselho, sua atual configuração e as principais atividades desenvolvidas. Em sequência, destacou a progressiva ampliação de formas e espaços de atuação para além do monitoramento de políticas públicas e de formulação de propostas. Dentre as quais, denúncias quanto ao ao uso de agrotóxicos, transgenia, o direito à terra e territórios.
Considerou ainda que um dos principais desafios atuais diz respeito ao processo de criminalização do alimento artesanal por parte dos órgãos de controle sanitário.
John Comerford e Moacir Palmeira retrararam sobre as formas de articulação dos movimentos sociais no âmbito do CONSEA.

Sessão A Construção da Sociedade do Trabalho no Brasil: seus Desafios Hoje

A sessão A Construção da Sociedade do Trabalho no Brasil, seus Desafios Hoje, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 9 de maio de 2016.
O Sociólogo Adalberto Cardoso (IESP/UERJ) e o Historiador Alexandre Fortes (Instituto Multidisciplinar/UFRRJ) integraram a mesa.
Os seguintes tópicos foram abordados:

  • o legado do sistema escravista, a determinar o padrão das relações sociais, inclusive, subjulgando a mão-de-obra assalariada;
  • a transferência do modo de gestão da força de trabalho escravizada, do meio rural para o meio urbano, no século XX;
  • a repressão, contra os agentes sociais, em mobilização por direitos trabalhistas, e a mudança de perspectiva, tendo como marco a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho _CLT ( Decreto-Lei Nº 5.452, 01/05/1943);
  • a proteção trabalhista e a ética do trabalho;
  • o fracasso do processo de reforma agrária;
  • o caráter disperso e desigual do reformismo durante o Governo Vargas (1930-1954);
  • entre demais apontamentos.

Programa de Memória dos Movimentos Sociais (Memov)

Sessão O Abolicionismo como Movimento Social

A sessão O Abolicionismo como Movimento Social, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 2 de maio de 2016.
A Professora Angela Alonso (USP) presidiu a mesa homônima.
Comentários finais de Giralda Seyferth (PPGAS-MN/UFRJ).
A apresentação de Angela Alonso situou o Movimento Abolicionista em relação às narrativas consagradas pela historiografia brasileira sobre a Abolição, indo de encontro a três mitos sobre o tema: o atraso brasileiro em relação às ideias estrangeiras, o processo abolicionista como um projeto do governo Imperial e a apatia, por parte da sociedade brasileira, frente a evolução dos acontecimentos
A intervenção de Giralda Seyferth contribuiu de modo a destacar o racismo presente nos discursos abolicionistas, mais comprometidos com a modernização da economia liberal vigente do que, propriamente, com a solidariedade humana, haja visto a ausência do reparo histórico, a viabilizar a inserção social dos ex-escravizados.

Sessão Comum e Comunidade: uma Alternativa ao Neoliberalismo

A sessão Comum e Comunidade: uma Alternativa ao Neoliberalismo, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes (PPGAS-MN/UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 18 de abril de 2016.
O Cientista Social Christian Laval (GÉODE) presidiu a mesa homônima.
Tradução simultânea de Daniel Hirata.
A apresentação de Christian Laval abordou como o neoliberalismo se apresenta na forma de uma lógica normativa que modela a sociedade e suas subjetividades. Nesse sentido, são destacados dois eixos principais: a universalização da concorrência como forma de mediação entre países, pessoas, instituições e do modelo de “empresa”, aplicado em todas as instituições e aos sujeitos em si.
Em sua preleção, Laval defendeu a noção que o neoliberalismo, desde seu surgimento nos anos 1930, trouxe consigo um componente anti-democrático, fundamentado numa legislação que sacraliza as normas do capitalismo, de modo que a democracia tendeu a se tornar meramente formal. Nesse sentido, o autor preconiza “a razão do comum” surgida nos anos 1990, como uma possível alternativa ao neoliberalismo através de movimentos ecológicos e intermundialistas

Sessão A Justiça do Trabalho e sua História com Ênfase no Recente Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo no Brasil

A sessão A Justiça do Trabalho e sua História com Ênfase no Recente Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo no Brasil, coordenada pelo Diretor do CBAE, Professor José Sérgio Leite Lopes, e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realizada em 11 de abril de 2016.
A Professora Ângela de Castro Gomes (UNIRIO) presidiu a mesa homônima.
Comentários finais de Elina Pessanha (UFRJ).
Ângela de Castro Gomes desenvolveu a sua participação a partir da obra “A Justiça do Trabalho e sua História”, organizado por ela, em parceria com Fernando Teixeira da Silva.
Os principais temas abordados foram:

  • a produção de fontes orais (história oral);
  • o trabalho análogo ao de escravo entre os trabalhadores rurais e urbanos e a sua tipificação, como crime (Lei 10.803/2003), a distinguir de precarização;
  • a predominância da conciliação judicial na Justiça do Trabalho;
  • a relevância da dimensão simbólica e o protagonismo dos operadores, frente aos processos trabalhistas (legislação como campo de luta);
  • as lutas simbólicas sobre a denominação “trabalho escravo contemporâneo” em relação ao “análogo à de escravo” e, a categoria nativa de “cativo”;
  • a revitalização do legado da da escravização e
  • a convivência de duas “classes” de trabalhadores, em determinadas fazendas, quais sejam: os “de estimação” e os que “vão para abate”.

Sessão Etnografias Individuais e Etnografias Coletivas :A Contribuição Científica e Institucional do Projeto “Emprego e Mudança Social no Nordeste

Etnografias Individuais, Etnografias Coletivas: a Contribuição Científica e Institucional do Projeto "Emprego e Mudança Social no Nordeste”, coordenada pelo Antropólogo Moacir Palmeira (PPGAS-MN/UFRJ), foi ministrada pelo Antropólogo Afrânio Garcia Júnior (IESP-UERJ).
A sessão foi sediada pelo Museu Nacional (MN-UFRJ), em 28 de março de 2016.
A apresentação de Afrânio Garcia ressaltou a memória do projeto “Emprego e Mudança Social no Nordeste” (1975-1977), em se tratando da institucionalização da Antropologia Social no país, especialmente para a consolidação do Museu Nacional enquanto instituição de ensino e pesquisa.
Refletiu sobre o contexto político em que os pesquisadores desenvolveram o projeto supracitado.
Segundo Garcia, os resultados obtidos (pela pesquisa), convergiram com a obra de Sergio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, em se tratando do modo de produção plantation, no que concerne ao abismo social entre os atores envolvidos.

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