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Programa de Memória dos Movimentos Sociais Movimentos de Mulheres
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Adriana Vianna e Juliana Farias

Os principais tópicos abordados pelas palestrantes foram:

  • Etnografia do dano e do Estado: a partir da observação e descrição das famílias no Fórum do Rio de Janeiro, tiveram por objetivo compreender a constituição de sujeitos através do impacto da violência estatal, a sua sociologização no luto familiar e a coletivização da dor individual;
  • a responsabilização não só do Estado, mas dos “ricos” (a parte da sociedade que demanda ações violentas do Estado) pelos movimentos;
  • o jogo de forças na construção contínua da fronteira entre os que contam e os que não contam. Por um lado, o trabalho político e social do Estado para apagar mortes, dar aparência de legalidade e atualizar tecnologias de morte. Por outro lado, a produção de legitimidade pela poética da dor: a corporificação e a importância do gênero, afeto, território e parentesco na linguagem e produção de imagens (maternidade, infância, “nossos mortos têm voz”);
  • a construção da memória para singularizar as vidas e concretizar as mortes, que passam a integrar a cartografia: cartazes com nomes e fotos dos mortos.

Debate

O debate se centrou nos temas:

  • o trabalho de articulação das ONGs e a importância da denúncia internacional;
  • a hierarquia das violências estatais pela academia e pelas ONGs;
  • a guerra de narrativas;
  • a influência do repertório das Mães da Praça de Maio (Argentina);
  • vítimas que se tornam protagonistas e aprendem a lidar com o Estado.

Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política

Realizada no Colégio Brasileiro de Altos Estudos (UFRJ), a palestra “Movimentos contra a violência de Estado: gênero, território e afeto como política” de Adriana Vianna (UFRJ) e Juliana Farias (UERJ) discutiu os movimentos de familiares de vítimas da violência policial ou militar, com foco na Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência (RJ).