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Programa de Memória dos Movimentos Sociais
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Luiz Antonio Pilar

Luiz Pilar narra como o filme “Remoção”, nascido de sua experiência pessoal, se tornou um projeto voltado à preservação de uma memória coletiva ameaçada pela política de remoções.

Alexandre Fortes

O historiador Alexandre Fortes enfatiou as permanências do coronelismo e da escravização do trabalho na história brasileira, lembrou o caráter disperso e desigual do reformismo do governo Vargas e discorreu sobre os principais agentes sociais na luta por direitos trabalhistas e a sua efetividade.

Debate

O debate se centrou nos temas:

  • o trabalho de articulação das ONGs e a importância da denúncia internacional;
  • a hierarquia das violências estatais pela academia e pelas ONGs;
  • a guerra de narrativas;
  • a influência do repertório das Mães da Praça de Maio (Argentina);
  • vítimas que se tornam protagonistas e aprendem a lidar com o Estado.

Aline Maia

Aline Maia, pesquisadora do projeto responsável pela pesquisa em Caxias, realizou uma fala abordando os processos de ocupação da Baixada Fluminense, concentrando atenção no caso da Fábrica Nacional de Motores.

Programa

Programa do evento contendo o cronograma com os debatedores e palestrantes das mesas, a exposição e o filme apresentado.

Lívia de Tomasi

Lívia de Tomasi discorre sobre a representação dos jovens na favela em termos de sua capacidade criativa, a emergência da cultura como mecanismo de inclusão e as suas limitações enquanto trabalho.

Maria de Lourdes Fávero

Maria de Lourdes Fávero (UFRJ) recupera em sua fala a história da Faculdade Nacional de Filosofia, criada em 1939. A partir de 1964, a Faculdade Nacional de Filosofia sofre um processo intenso de intervenção e afastamentos de alunos e professores. A professora recupera a história institucional da Faculdade Nacional de Filosofia e sua relação com projetos de ciência e engajamentos políticos.

Paulo Fontes

Paulo Fontes lembra que a migração do campo para a cidade no Brasil entre 1940 e 1980 foi a mais expressiva do mundo e ressalta a relevância do tema, que articula estudos rurais e urbanos, cultura operária e camponesa. Defende que se deve desnaturalizar a categoria “Nordeste”, inventada no Sudeste segundo cortes de classe social e raça e o dualismo modernização/proletarização. Aponta mudanças ocorridas desde 1970 e 1980: valorização do trabalhador e a contestação do papel da indústria automobilística na sociedade por setores populares e ambientalistas.

Debate

No debate foram traçadas comparações entre a construção do Estado de Bem-Estar Social na Inglaterra e em países da América Latina, em especial no Brasil. Enquanto na Inglaterra a social-democracia construiu avanços estruturais e a imagem de “primeiro mundo” desde o pós-guerra, além de ter uma tradição forte da classe operária, nos países latino-americanos a repressão predominou com os regimes militares, impondo obstáculos à democracia e à percepção popular dos direitos sociais (como o sistema público de saúde). Foi apontada ainda a eficiência da propaganda estatal na disputa de hegemonia, o que no Brasil foi dificultado pela dominação de meios de comunicação privados. Assinalou-se a importância de se indagar o que permitiu a produção do apagamento e da despolitização dos avanços sociais conquistados e a vitória de Thatcher em 1979. Fazendo um paralelo com a situação recente do Brasil, se pode perguntar como o conservadorismo liberal conseguiu capturar os imaginários, anseios e desejos transversais da sociedade? Ao lado disso, foi destacado que “O Espírito de 45” mostra um processo histórico de longa duração, o que permite ao espectador observar as contradições e a reversibilidade históricas, provocando ainda a esperança com o ciclo presente na repetição da imagem das pessoas dançando em 1945 no final. Assim, o processo descrito não tem início nem fim, mas construiu determinadas práticas de mudança social que podem se repetir em outros momentos a partir das pessoas mais simples, cuja memória Ken Loach busca resgatar enquanto contrainformação e ação política.

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