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- 19/05/2014 (Produção)
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Geraldo Cândido, da Comissão Estadual da Verdade/RJ, inicia sua exposição enfatizando o que foi para ele uma das dimensões chaves na explicação do desencadeamento do Golpe Militar no Brasil, qual seja, a figura de João Goulart. Para Geraldo Cândido, a liderança de João Goulart como uma expressão popular e representação do trabalhismo, expressava naquele momento uma das principais forças da imaginação política nacional. Geraldo Cândido salienta que a expressão de Jango provocou um grande incômodo nas forças conservadoras do país, especialmente porque sua ascensão eratambém a ascensão de uma cultura política produzida por trabalhadores e seus anseios de transformação. Nessa conjuntura, o palestrante recupera todo o “clima” de mobilização protagonizado pelos trabalhadores, rurais e urbanos, que antecedeu o Golpe Militar: desde as Revoltas dos Marinheiros no sindicato dos Metalúrgicos até o grande comício da Central do Brasil. É para recuperar o protagonismo da classe trabalhadora nesse contexto de efervescência política que vivia o Brasil e também na importante resistência por ela produzida nos “anos de chumbo”, que Geraldo Cândido enfatiza a relevância de ampliarmos as pesquisas e divulgação do período entre 1964 e 1968, período este de menor relevância para a historiografia da ditadura, mas que expressa, segundo ele, os modos pelos quais os sindicatos e os trabalhadores representaram o grupo social mais diretamente atingido pelo Golpe Militar.