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Vídeo Debate

As questões, suscitadas pelo debate, demarcaram como contraditória a relação entre o “morro e asfalto”. Nos anos 1960, em paralelo às remoções, a classe média da Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro, demandava a mão-de-obra das favelas. Apesar do distanciamento da comunidade em relação aos bairros, como que regiões que refletissem agendas sociais desconexas, estes últimos (moradores) foram beneficiados pela política de “pacificação”. As medidas adotadas responderam pelo policiamento ostensivo junto às favelas, qual seja, as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).

Sessão Ciência e Universidade

A sessão Ciência e Universidade, coordenado pelo Professor Ildeu de Castro Moreira (UFRJ), e sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), foi realidada em 20 de maio de 2014.
Participaram como pesquisadores convidados os Professores Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG), Luiz Pinguelli Rosa (UFRJ), Carlos Vainer (FCC/UFRJ) e Maria de Lourdes Fávero (UFRJ).
A mesa discorreu sobre os impactos da repressão no funcionamento das instituições, assim como os projetos de ciência, desenvolvimento e reforma universitária que foram interrompidos pelo Regime Ditatorial Militar e, retomados por ela, em outros marcos.
Rodrigo Patto Sá Motta abordou a relação do Regime Ditatorial Militar com a Universidade. Luiz Pinguelli Rosa enfatizou aspectos da sua experiência e trajetória junto a instituição de ensino superior durante o período ditatorial. Maria de Lourdes Fávero recuperou a história da Faculdade Nacional de Filosofia, fundada em 1939.
Carlos Vainer (UFRJ) retomou o momento de efervescência intelectual, artística e científica, na década de 1960.

Programa de Memória dos Movimentos Sociais (Memov)

Rodrigo Patto S. Motta

Em sua apresentação, Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG), abordou sobre o seu livro, resultado de uma pesquisa extensa, que objetiva compreender os impactos do Regime Ditatorial Militar junto as universidades, os quais ultrapassaram as ações de violência ativa. Neste período foram promovidas reformas universitárias sob a tônica do governo militar, qual seja, projeto desenvolvimentista, intimamente ligado ao ensino e à ciência e, consequentemente, à Universidade. Rodrigo Patto enfatizou a parceria de uma quantidade considerável de Reitores, para com o Regime. Condição esta que, segundo ele, refletiu em tímida intervenção nas instituições de ensino superior, por parte dos órgãos de repressão.

Sessão Trabalhadores Urbanos e Rurais

Trabalhadores Rurais e Trabalhadores Urbanos, coordenada e ministrada pelo Antropólogo Alfredo Wagner de Almeida (UFAM), foi sediada pelo Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE), em 19 de maio de 2014.
Trabalhadores Urbanos e Rurais abordou as sessões Trabalhadores Rurais e Trabalhadores Urbanos que, igualmente, compuseram a jornada Projetos Interrompidos: Repercussões da Ditadura.
A apresentação de Alfredo Wagner incitou à reflexão sobre como a biografia se conecta com a trajetória política de uma personalidade e o quanto esta consonância esteve presente, ao longo da jornada, em todos os relatos dos militantes políticos e testemunhos.
Um dos aspectos que concilia os depoimentos dos trabalhadores rurais com os dos urbanos, segundo o palestrante, é que muitos líderes tornaram-se referências, tanto para os operários urbanos como para os trabalhadores rurais, o que ocorreu em se tratando de Zé Pureza (José Pureza da Silva).
Alfredo salientou que, exceto em relação às participações de Zé Francisco (José Francisco da Silva) e a dos filhos de Ferreirinha (José Domingos Cardoso), em todos as demais declarações se observa um "capital militante" muito particular.
Torna-se imprescindível, segundo o Antropólogo, reflexionar sobre estes projetos interrompidos pelo Regime Ditatorial Militar, à luz de uma conjuntura que possa propôr novas concepções do “fazer política”. Sob esta perspectiva, faz-se necessário que as organizações partidárias mantenham crescente desconfiança diante de conjunturas específicas. Entidades, estas que, se comprometam com novas formas de organização.
As lutas de hoje enfrentam mais obstáculos para resultarem em um sujeito "coletivo". Entretanto, são embates que disputam um “espaço do comum”. Alfredo Wagner aposta que, atualmente, essa "unidade", percebida, pelos militantes que integraram as palestras, como perdida no tempo, haverá de ser reconstruída pela diferença.

Fernando Ermiro

A apresentação de Fernando Ermiro abordou sobre as continuidades entre o passado do Regime Ditatorial Militar e o presente.
No que se refere a favelas e a Rocinha (São Conrado, Rio de Janeiro), ressaltou a relevância do jornal comunitário deste bairro, o Tagarela (1977-1983), enquanto instrumento de questionamento indireto ao Estado e, título de propriedade como elemento diferenciador entre cidade e favela.

Dona Zica

Anazir Maria Oliveira, conhecida como Dona Zica, relatou as dificuldades enfrentadas pelas duas remoções que vivenciou, entre as décadas de 1960 e 1970, na cidade do Rio de Janeiro. De uma favela, próxima a Manguinhos (próximo ao bairro de Bonsucesso), foi removida para o bairro da Penha e, em seguida, para a Vila Aliança (Bangu). Consequentemente, coletivos foram empreendidos como uma forma de resistência.

Dulce Chaves Pandolfi

A apresentação de Dulce Chaves Pandolfi discorreu acerca do direito à memória.
Vislumbrou continuidades e descontinuidades, em relação a intervenção estatal nos espaços abrigados pelas favelas, ao passo em que destacou as distinções entre a ditadura contemporânea e do Regime Ditatorial Militar de meados do século XX.

Vídeo Debate

As questões foram pautadas pela relevância dos relatos fornecidos por quem sofreu a experiência de processos de remoções.
Em se tratando da disputa pelo discurso da memória, se propôs viabilizar a formação de um núcleo, integrado por moradores de favelas, para atuar junto a Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Adriana Facina

A apresentação de Adriana Facina destacou como a sobrevivência nas favelas, durante o Regime Ditatorial Militar, impossibilitou a atuação dos movimentos que lutavam pela democracia. O jogo político tendeu a ser visto como algo fora do alcance da população favelada: o discurso oscilou entre o “Estado ausente” e o Estado como inimigo.

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